Pesquisadores criam tablet em Braille para levar texto e imagens a deficientes visuais
A tecnologia já ajuda deficientes visuais com sistemas de texto-para-fala, mas eles são limitados. Uma nova invenção que está sendo desenvolvida pela Universidade de Michigan pode abrir mais possibilidades: um tablet com tela em Braille atualizável, que pode trazer informações dispostas espacialmente, como imagens, tabelas e gráficos.
Telas Braille atualizáveis já existem, mas esbarram em dois problemas: o primeiro deles é a configuração de linha única; o segundo é o preço, entre 3 mil e 5 mil dólares. Um dispositivo com as tecnologias atuais e múltiplas linhas custaria em torno de 55 mil dólares.
Pesquisadores da Faculdade de Engenharia e da Faculdade de Música, Teatro e Dança da Universidade de Michigan criaram uma nova forma de criar os pontos para aparelhos desse tipo. Ela usa um sistema pneumático para formar as letras em Braille — são pequenas bolhas preenchidas com ar ou fluídos.
Um módulo pneumático de 8×7 pontos do futuro tablet
Sile O’Modhrain, professora responsável pelo projeto, explica as vantagens desse método ao Digital Trends:
“Uma das vantagens da nossa tela é que ela é inteiramente pneumática, então podemos preenchê-la com ar ou fluído. Isso significa que podemos produzir uma tela que é muito mais barata que as existentes, que dependem de eletrônicos, além de que não temos que nos preocupar em ligar com fios ou montar objetos mecânicos individuais.”
https://www.youtube.com/watch?v=0fIg4rI4cDw
Como resultado, um produto feito com esta tecnologia terá custo estimado em cerca de US$1.000. Chris Danielsen, porta-voz da Federação Nacional de Cegos dos EUA, fala sobre a importância de um dispositivo desses à revista Technology Review, do MIT:
“Atualmente, muitos de nós, que lemos Braille bem, achamos que ler com telas de linha única é mais lento e cansativo do que usar um sistema texto-para-fala ou materiais em áudio. Eu acho que isto iria mudar significativamente com uma tela maior, especialmente a um preço razoável assim.”
De acordo com dados da instituição representada por Danielsen, a necessidade do Braille tem caído nos últimos anos por causa do áudio. Em 2009, menos de 10% das crianças cegas dos EUA estavam aprendendo o sistema, bem menos que os 50% a 60% dos anos 60.
Mesmo assim, várias atividades dependem da escrita, como explica a professora Sile O’Modhrain:
“Qualquer coisa que você queira saber como é escrita, como códigos ou [partituras de] música ou até mesmo matemática simples, você tem que trabalhar em Braille. Isto não estar acessível ou disponível faz uma grande diferença na vida de muita gente.”
O projeto está sendo desenvolvido desde 2013 e tem fim programado para setembro deste ano. Sile acredita que o tablet Braille estará disponível no mercado em um ano e meio.
fonte: gizmodo.uol.com.br
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Re: Tablet para cegos
Excelente ideia.
"O mal de muita gente não é a falta de ideias, mas um excesso de confiança nas poucas que tem"